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Roraima Agroind impulsiona economia rural com capacitação e novos mercados

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A partir de amanhã o município de São João da Baliza será o centro das atenções para o agronegócio e a agroindústria de Roraima. O Roraima Agroind, considerado um dos maiores encontros do setor no estado, chega com a missão de movimentar a economia rural, oferecer capacitação técnica e aproximar produtores de novas oportunidades de mercado.

A programação do evento foi cuidadosamente desenhada para atender às principais demandas do campo. Um dos momentos mais esperados é o painel “Empreendedores em Ação”, que contará histórias reais de quem transformou desafios em conquistas no campo e na agroindústria, usando criatividade, planejamento e boa gestão.

No segundo dia, as atividades ganham um foco ainda mais técnico. O curso “Negócio Certo Rural”, direcionado especialmente aos produtores de cacau, irá apresentar ferramentas práticas de gestão, com o objetivo de melhorar a produtividade e aumentar a rentabilidade das propriedades.

Outro ponto forte será o painel “Crédito para Desenvolver seus Negócios”, que trará informações claras sobre como acessar linhas de financiamento específicas para o meio rural. As orientações prometem descomplicar o processo de busca por crédito, algo que ainda representa um desafio para muitos produtores.

Para fechar a programação técnica, a palestra “Oportunidades de Negócios na Agroindústria” mostrará como agregar valor à produção rural, ampliando o alcance dos produtos locais e incentivando o empreendedorismo com foco em mercado.

Durante todo o evento, haverá atendimento especializado da Unidade Sebrae Região Sul, com orientações sobre formalização, crédito, capacitações e consultorias voltadas para o desenvolvimento dos empreendedores rurais.

Outro destaque da programação será a Rodada de Negócios, marcada para o fim da tarde do dia 25. Neste espaço, os produtores poderão negociar diretamente com compradores e fornecedores, eliminando intermediários e criando parcerias comerciais mais vantajosas. A proposta é fortalecer a economia local e valorizar a produção regional com práticas sustentáveis e inovadoras.

Com apoio de diversas instituições e organizado em parceria com o Sebrae Roraima, o Roraima Agroind aposta na integração entre o campo e a indústria para transformar a realidade produtiva do sul do estado. A ideia é clara: fomentar uma economia rural mais forte, competitiva e preparada para os desafios do presente e do futuro.

A estrutura do evento também contará com exposição de produtos, cursos técnicos, painéis temáticos e espaços para troca de experiências. Mais do que um encontro de negócios, o Roraima Agroind é uma vitrine do potencial agrícola e agroindustrial de Roraima, reunindo produtores, técnicos e parceiros em uma verdadeira jornada de crescimento coletivo.

O evento reforça o compromisso com o desenvolvimento sustentável e a geração de renda no campo, provando que com orientação certa, gestão eficiente e acesso ao mercado, é possível transformar a realidade de quem vive e produz no interior do estado.

Serviço:

Roraima Agroind: A Indústria Começa no Campo
Data: 25 e 26 de abril de 2025
Local: Município de São João da Baliza – RR

Fonte: Pensar Agro

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Alta no preço global de alimentos acende alerta e cria oportunidades para o agro brasileiro

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O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) subiu em abril e atingiu a média de 128,3 pontos, uma alta de 1% em relação a março. A elevação foi puxada principalmente pelos preços dos cereais, carnes e lácteos, o que acende um sinal de atenção — e também de oportunidade — para o agronegócio brasileiro, especialmente para os produtores de soja, milho, arroz, carnes e leite.

Mesmo com a alta, o índice segue 19,9% abaixo do pico histórico registrado em março de 2022, mas ficou 7,6% acima do nível de abril do ano passado. O movimento indica uma retomada gradual da demanda global por alimentos, em um cenário de estoques apertados, conflitos geopolíticos e variações cambiais. Para o Brasil, que é um dos maiores exportadores mundiais de grãos e carnes, esse movimento pode significar mais competitividade e maior rentabilidade para o setor.

O subíndice de preços dos cereais avançou 1,2% em abril. O trigo subiu com a menor oferta da Rússia e o câmbio mais favorável para exportadores. Já o milho foi impulsionado pela redução de estoques nos Estados Unidos e pela suspensão temporária de tarifas por parte daquele país. O arroz também subiu 0,8% no mês.

Esse cenário pode beneficiar diretamente os produtores brasileiros, que vêm enfrentando custos altos de produção, mas agora podem encontrar margens melhores nas exportações, principalmente se o dólar continuar em patamar elevado. Goiás, Mato Grosso e Paraná, grandes produtores de milho e soja, podem se aproveitar do momento para ampliar vendas externas, principalmente para a Ásia.

O preço médio dos óleos vegetais caiu 2,3% em abril, puxado pela queda do óleo de palma. Mas o óleo de soja, importante para o Brasil, continuou subindo, sustentado pela demanda aquecida no mercado internacional. Isso mantém a soja brasileira em posição estratégica, principalmente considerando a boa produção esperada em estados como Mato Grosso, Goiás e Paraná.

O subíndice de preços da carne subiu 3,2% em abril. A carne suína liderou o avanço, com a Europa ampliando compras após liberação sanitária da Alemanha. A bovina também ganhou fôlego com demanda estável e oferta global apertada. No Brasil, destaque para a carne de frango, cujos preços subiram por causa da forte demanda interna e menor ritmo de abates durante os feriados de Páscoa.

Para os pecuaristas e integrados da avicultura, os números são positivos: mostram uma retomada no mercado global, com espaço para ampliação das exportações brasileiras, especialmente para mercados como China, União Europeia e países árabes.

Os preços dos lácteos subiram 2,4% em abril e estão quase 23% acima do patamar de um ano atrás. A manteiga alcançou seu maior valor histórico, puxada pela alta demanda por gordura láctea e estoques reduzidos na Europa. Queijos e leite em pó também subiram, com destaque para o mercado da Oceania.

Esse movimento pode representar boas oportunidades para os produtores de leite brasileiros, desde que consigam superar os desafios internos de custo de produção e logística. A alta internacional pode ajudar a pressionar os preços pagos ao produtor no mercado interno.

Na contramão dos outros alimentos, o açúcar caiu 3,5% em abril e está quase 11% abaixo do valor de um ano atrás. A razão é, em parte, o próprio Brasil: a produção acima do esperado na segunda quinzena de março e a desvalorização do real ajudaram a derrubar os preços internacionais.

Ainda assim, o setor sucroalcooleiro segue competitivo e os bons níveis de produção nas regiões Centro-Sul e Nordeste devem manter o Brasil como o maior exportador global. A menor cotação do petróleo também contribui para a queda do açúcar, já que reduz o incentivo para destinar mais cana para o etanol.

O que o produtor precisa saber:

  • O cenário internacional sinaliza uma recuperação da demanda por alimentos, com reflexos diretos nos preços.

  • Soja, milho, carnes e lácteos estão em alta e oferecem boas oportunidades de exportação.

  • A volatilidade do câmbio, os estoques globais e a política comercial de países importadores ainda podem trazer incertezas.

  • A queda no açúcar mostra que o Brasil tem peso no mercado global — tanto para subir quanto para derrubar preços.

A mensagem para o produtor rural é clara: o mundo está voltando a comprar mais alimentos, e o Brasil — especialmente seu agro — está no centro desse movimento. Quem estiver bem preparado, com planejamento, gestão eficiente e acesso a mercados, poderá aproveitar o bom momento para crescer.

Fonte: Pensar Agro

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